Escrevo-te esta carta
com cara de limão azedo
fui enganado pela pátria
fui deixado por meus irmãos
nessa cidade de terras fartas
pra carpir não tenho mãos
nem tampouco entendimento
do estado só vejo o aumento
da minha pobreza só o desgosto
por isso, colho as migalhas do chão
chato é ser rico
ser pobre eu sei que não é
a maioria da população é pobre
e não acha ruim de andar a pé
mas, as vezes, desolado fico
não sei qual o sentido
ou se na vida há algum
não quero saber quando tiver ido
por hora só quero meu desjejum
Mãe, traga-me o açúcar
pois, de amargo basta a vida
dizia minha avó, já ida
basta lembrar pra me emocionar
Mas o café está frio
e o açúcar não basta
me deu até arrepio
prefiro o da minha madrasta
A água na banheira congela
o pé roxo e enrugado
quando o cérebro fica parado
o meu coração desperta
com cara de limão azedo
fui enganado pela pátria
fui deixado por meus irmãos
nessa cidade de terras fartas
pra carpir não tenho mãos
nem tampouco entendimento
do estado só vejo o aumento
da minha pobreza só o desgosto
por isso, colho as migalhas do chão
chato é ser rico
ser pobre eu sei que não é
a maioria da população é pobre
e não acha ruim de andar a pé
mas, as vezes, desolado fico
não sei qual o sentido
ou se na vida há algum
não quero saber quando tiver ido
por hora só quero meu desjejum
Mãe, traga-me o açúcar
pois, de amargo basta a vida
dizia minha avó, já ida
basta lembrar pra me emocionar
Mas o café está frio
e o açúcar não basta
me deu até arrepio
prefiro o da minha madrasta
A água na banheira congela
o pé roxo e enrugado
quando o cérebro fica parado
o meu coração desperta
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